Cigarros, medo, inteligência
Tenho andado a pensar na nova lei do tabaco e na polémica gerada à sua volta. Desde já digo que concordo com ela. Mas o que me leva a escrever este post é a ligação que sempre se faz na minha cabeça entre o acto de fumar e o medo.
A pergunta martelava: por que será que as pessoas que fumam não sentem medo disso?
Em termos biológicos o que é o medo? Por que será que sentimos medo? Quando sentimos medo? Por que sentimos medo de umas coisas e não de outras?
Sentimos medo quando existe perigo e reagimos de diferentes maneiras: ficamos parados, fugimos, agredimos defendendo-nos ou submetemo-nos. O valor adaptativo destes comportamentos parece óbvio: permite-nos lidar com a fonte do perigo, ultrapassá-la, logo, tem uma função de sobrevivência, é um legado evolutivo que nos leva as a evitar as ameaças.
No fundo o medo é essencial, é uma das emoções mais primitivas, cujo suporte anatomofisiológico é uma pequena estrutura cerebral, a amígdala cerebral.
Actualmente existe um grande corpo de evidências que mostra que desenvolvemos mais facilmente medos contra perigos presentes no ambiente ancestral dos nossos antepassados do que em relação aos perigos do ambiente presente.
Bingo!
Temos mais medo de cobras nas grandes cidades do que medo em relação aos carros. E ... em relação ao tabaco. Uma explicação evolutiva pode ser: o medo dos carros, dos alimentos trangénicos, dos cigarros, etc., não foi, virtualmente, herdado, porque estes representam acontecimentos novos, demasiado recentes para a selecção natural ter desenvolvido medos específicos!
A resposta para as pessoas não terem medo de fumar pode ser simples: não houve tempo para uma resposta evolutiva (adaptativa) da nossa espécie.
Mas nem por isso deixa de ser um GRANDE PERIGO, não apenas para os fumadores mas para TODOS. Como o medo é irracional, então o córtex cerebral terá de entrar em acção. Será que os fumadores são pouco inteligentes?
A pergunta martelava: por que será que as pessoas que fumam não sentem medo disso?
Em termos biológicos o que é o medo? Por que será que sentimos medo? Quando sentimos medo? Por que sentimos medo de umas coisas e não de outras?
Sentimos medo quando existe perigo e reagimos de diferentes maneiras: ficamos parados, fugimos, agredimos defendendo-nos ou submetemo-nos. O valor adaptativo destes comportamentos parece óbvio: permite-nos lidar com a fonte do perigo, ultrapassá-la, logo, tem uma função de sobrevivência, é um legado evolutivo que nos leva as a evitar as ameaças.
No fundo o medo é essencial, é uma das emoções mais primitivas, cujo suporte anatomofisiológico é uma pequena estrutura cerebral, a amígdala cerebral.
Actualmente existe um grande corpo de evidências que mostra que desenvolvemos mais facilmente medos contra perigos presentes no ambiente ancestral dos nossos antepassados do que em relação aos perigos do ambiente presente.
Bingo!
Temos mais medo de cobras nas grandes cidades do que medo em relação aos carros. E ... em relação ao tabaco. Uma explicação evolutiva pode ser: o medo dos carros, dos alimentos trangénicos, dos cigarros, etc., não foi, virtualmente, herdado, porque estes representam acontecimentos novos, demasiado recentes para a selecção natural ter desenvolvido medos específicos!
A resposta para as pessoas não terem medo de fumar pode ser simples: não houve tempo para uma resposta evolutiva (adaptativa) da nossa espécie.
Mas nem por isso deixa de ser um GRANDE PERIGO, não apenas para os fumadores mas para TODOS. Como o medo é irracional, então o córtex cerebral terá de entrar em acção. Será que os fumadores são pouco inteligentes?
7 Comentários:
Eu não sou fumador...
Mas será que fumar não se trata de um prazer? Ou será que fumar não era um maneira de socializar?
Lembro-me que nos adolescentes o fumar era uma maneira de se inserir nos grupos...
10/02/2008, 13:51:00
Ainda bem que não é fumador, "baby-boy-swim". Mostra que é inteligente. Infelizmente os adolescentes aderem facilmente às pressões do grupo, mesmo se elas vão contra a sua saúde. Sabemos que a pertença a um grupo constitui uma necessidade intrínseca e que é determinante para o desenvolvimento físico, afectivo e intelectual. É um forte determinante. Penso que, no caso do acto de fumar cigarros, essa pressão grupal, que até na maioria dos casos não é verbalizada explicitamente, tem muito a ver com a aceitação social do hábito de fumar ( os adolescentes vêm inclusivamente os seus pais a fumar), com a facilidade de obtenção de cigarros e também, sobretudo, com a publicidade que faz a sua promoção. Também acho que o valor “saúde” tem pouco (ou nenhum) valor na nossa sociedade. E também acho que não estamos preparados com as competências necessárias para resistir às pressões…
E existem tantas maneiras de “socializar” sem ter de pôr em risco a nossa saúde!
10/02/2008, 22:12:00
Eu também não sou fumadora.
Mas, outrora fui. Exactamente na adolescência, até aos meus 18 anos com algumas paragens pelo meio.
A esta distância, confesso que o prazer de fumar um cigarro era (quase) nenhum, no entanto, fumava como um acto sociável, pela falsa sensação de inserção num grupo.
Não me custou deixar de fumar, simplesmente deixei quando achei que não fazia qualquer sentido tal acto.
Confesso que no presente tenho medo do cigarro, medo das consequências fisicas.
Tenho consciencia dos maleficios do tabaco e fico profundamente irritada quando me querem convencer do contrário. Quando me dizem que fulano A e B não fumava não bebia e morreu com este ou aquele problema.
11/02/2008, 11:00:00
Olá
Já fumei durante muito anos!
Mas deixei de fumar de livre vontade (faz 6 anos) e sem qualquer tratamento ou dificuldade, mas durante os anos em que fumei, nunca me ocorreu o sentimento de medo.
Hoje estou consciente dos melefícios do fumo.
Interessante tema.
Abraço
11/02/2008, 15:05:00
Eu acho que são... Pelo comentário ali em cima... só podem...
Fumar mata... ninguém se lembra disso???..
Beijos
13/02/2008, 00:05:00
não sou fumador.
mas de forma alguma poderei concordar com uma lei fundamentalista que decide o que é bom ou mau para os outros, hoje será o tabaco, amanha o alcool , depois ..... o cabelo comprido e etc e tal quem sabe o aborto!!!! penalisado que o foi durante tantos anos,
penso ser equidistante para uns e outros, ou seja fumadores e não fumadores,por isso defendo o livre arbitrio deixando a cada um todas as opções referentes da sua vida e ao seu corpo.
logo caberá aos proprietários de cada bar /restaurante /disciteca e etç ... decidir se a sua casa é para fumadores ou não.
VIVA A LIBERDADE !!!!!!!!
15/02/2008, 19:07:00
Tenho o orgulho de dizer que apesar de jovem, nunca peguei num cigarro. Para ser sincera custa-me a compreender tal comportamento de risco.
Respeito os fumadores, contudo estou totalmente de acordo no que diz respeito à lei do tabaco.
Aprecio imenso o que escreve no seu blog, dou-lhe os meus parabéns pelos assuntos de extremo interesse!
02/03/2008, 01:50:00
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